A menina que não podia sonhar
Alda Lucia Pacheco Vaz
Editora Ases da Literatura - selo Asinha / janeiro, 2024
Os conflitos interiores entre aquilo que é previsível, seguro, e o enfrentamento do desconhecido, podem trazer dúvidas importantes em diferentes fases da vida.
A passagem do infantil para a adolescência é sempre um desafio que pode repetir-se, em sua essência, também em outras fases, trazendo o mesmo tipo de conflito, as mesmas dúvidas, os mesmos receios. Contudo, o exercício desse enfrentamento, ainda que em caráter simbólico, pode contribuir com o fortalecimento de recursos pessoais, um olhar para o interior, sem perder de vista o ponto de encontro com o mundo exterior e a possibilidade de sonhar.
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A menina que não podia sonhar é uma fábula, para ser lida em qualquer idade. Trata-se do reconhecimento dos próprios sentimentos diante de diferentes situações, que acontecem, inevitavelmente, no percurso da nossa existência. Por meio de metáforas, envolvendo eventos da natureza, assim como o contraste entre o dia e a noite, a menina simboliza a percepção desses sentimentos, sendo ela a única pessoa capaz de reconhecer e acomodar a duplicidade dessas emoções, as dúvidas diante do novo e o enfrentamento daquilo que não podemos evitar. Traz, ao mesmo tempo, um movimento de empatia, sem se deixar influenciar pela inconformidade do outro. Traz um forte sentimento de esperança, da capacidade de sonhar.