Entrevista:
Juan F. Moreno

Como surgiu a ideia para o enredo de “Gemini – O Signo da Liberdade” e o que o inspirou a escrever essa história de fantasia/ficção?

R.: A inspiração surgiu através da observação de uma conduta comum entre os que curtem Astrologia, que é certa repulsa com relação aos nativos de Gêmeos que são taxados como: falsos, “duas caras”, bipolares, mentirosos, mais tóxicos nos relacionamentos, etc. E tal preconceito parte de todos os demais zodíacos. Então, eu, como um bom Geminiano, decidi escrever uma história que tivesse um geminiano como protagonista, um cara que salvaria o universo e que, de quebra, iria se tornar um Deus.

Qual foi o maior desafio ao criar o personagem principal, Kadu, um homem racionalista em um mundo repleto de religiosidade e superstição?

R.: O desafio é sempre moldar uma persona que seja crível, que desperte a empatia (ou antipatia… [risos] que também é válida em muitos casos) e que gere fácil conexão. Porém, acredito que a parte mais complicada foi equilibrar a questão Racionalismo versus Espiritualidade, sem transparecer uma harmonia artificial.

Dantanian e seus seguidores, os Filhos da Luz, são personagens poderosos na trama. O que pode nos contar sobre a construção desses personagens e o propósito deles na história?

R.: Olha, eles são, na verdade, uma metáfora para o totalitarismo político e a imposição da religião sem espiritualidade; de um governo sem uma democracia real; uma demonstração de como nada deve ser aceito por imposição, uma força que sempre será combatida e como pode ser vencida, com resistência sistemática, resiliência e, claro, revolução!

Como a ambientação de um mundo destruído pela poluição e pela guerra mundial influenciou a narrativa e o desenvolvimento dos personagens?

R.: Utilizei essa temática com o intuito de conscientizar as pessoas e mostrar a ironia de como a civilização se autodestruiu, ao passo que os “selvagens” tornaram-se a última barreira a impedir a extinção da humanidade, trabalhando para a manutenção da vida. Logo, dar-lhes o protagonismo foi uma questão de lógica e justiça, claro… [risos].

Os Zodíacos desempenham um papel importante na trama, como guardiões determinados pelas constelações. Como você criou esses personagens e qual é a importância deles na história?

R.: Felizmente, temos muitas referências como, por exemplo, os “Cavaleiros do Zodíaco”, porém, eu os criei descolados de qualquer mitologia, para dar à Astrologia a independência e a importância que merece. Eles são os protetores da nossa realidade, contudo, foram dizimados durante o grande expurgo e o culto aos Zodíacos foi proibido e extinto, até nascer o Geminiano. Não foquei nos demais signos (embora já tenha sido questionado por isso) para dar o protagonismo total para o Gemini, mas, quem sabe, em um próximo livro…

A temática da corrupção e da vingança é explorada por meio do personagem Dantanian. O que você espera que os leitores reflitam sobre esses temas durante a leitura do livro?

R.: Dantanian é a face do rancor, do ódio e de como a falta de perdão pode corroer nossas almas e como pode fechar nossos olhos para as belezas de redenção. Ele também nos mostra que não há satisfação na vingança que é, no fim, uma lâmina que só corta quem a empunha.

Quais são as principais emoções ou mensagens que você espera transmitir aos leitores através da história de “Gemini – O Signo da Liberdade”?

R.: Olha, tem várias… [risos] Tais como: a liberdade é o fundamento de qualquer relação; que a Fé e a Razão são dialéticas e necessárias para compreendermos a Realidade; que o mundo é abundante e que o princípio dos males é a posse/propriedade; que amar é também sinônimo de sacrifício e um sentimento totalmente racional, uma decisão; e que a morte não é o fim, mas o início de muitas outras vidas.

Além de “Gemini – O Signo da Liberdade”, você planeja escrever mais livros nesse universo ou explorar outros gêneros literários no futuro? Podemos esperar novas obras suas em breve?

R.: Ah, sim! Ainda tenho muito mais a escrever. Atualmente, trabalho na saga “Elohim – O despertar de um Deus”, da qual Gemini é um spin off… Eu já exploro outros gêneros, pois tenho mais três livros de não ficção publicados. Estou trabalhando também em um romance sobre um trisal. Enfim, sim podem esperar que vem novidades por aí e não vai demorar muito.

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1 Comments

  1. Kristen_K disse:

    Very interesting points you have remarked, thanks for posting.Blog monetyze

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